O diretor de ‘Ainda Estou Aqui’ (2024) e ‘Central do Brasil’ (1998) elaborou o ranking para a revista britânica Sight and Sound; na lista estão ‘Acossado’, de Jean-Luc Godard, e ‘Vidas Secas’, de Nelson Pereira dos Santos
Etienne Laurent / AFP
Walter Salles na 82ª edição do Globo de Ouro em que ‘Ainda Estou Aqui’ foi indicado
O cineasta Walter Salles, diretor de “Ainda Estou Aqui” (2024), “Central do Brasil” (1998), “Diários de Motocicleta” (2004) e “On The Road” (2012), elegeu os dez melhores filmes de todos os tempos para a revista britânica Sight and Sound. O veículo especializado publica duas listas relacionadas ao cinema a cada 10 anos. Uma delas é criada por 1.600 críticos de cinema, enquanto a outra é composta por 460 cineastas.
Confira a lista abaixo:
1. “Era uma Vez em Tóquio” (1953)
Obra que narra a experiência de um casal de idosos em sua visita à capital japonesa, onde os dois se deparam com a indiferença de seus filhos. O filme dirigido por Iasujiro Ozu pode ser assistido na plataforma Belas Artes À La Carte.
2. “A Paixão de Joana d’Arc” (1927)
Filme que retrata o sofrimento da icônica heroína francesa diante das severas acusações da Igreja e da sociedade. Este clássico do dinamarquês Carl Theodor Dreyer também está disponível na mesma plataforma de streaming.
3. “Sete Oportunidades” (1925)
A comédia estrelada e dirigida por Buster Keaton é uma divertida narrativa sobre um corretor que precisa se casar em um dia para garantir uma herança. O filme pode ser encontrado no YouTube, proporcionando uma dose de humor e entretenimento.
4. “Rastros de Ódio” (1956)
Longa apresenta a busca de Ethan Edwards por vingança após o sequestro de suas sobrinhas. Os espectadores podem conferir a obra em diversas plataformas, incluindo Looke, Apple TV+, YouTube e Google Play.
5. “Vidas Secas” (1963)
A realidade árida de uma família nordestina durante a seca é retratada em “Vidas Secas”, dirigido por Nelson Pereira dos Santos a partir do livro de Graciliano Ramos, que toca em questões sociais profundas. Os interessados podem assistir um dos filmes fundamentais do cinema nacional na Netflix ou no Globoplay e Telecine.
6. “Profissão: Repórter” (1975)
Clássico do diretor Michelangelo Antonioni protagonizado por Jack Nicholson traz a história de um jornalista que assume a identidade de um homem que morre em circunstâncias misteriosas. A obra não está disponível em serviços de streaming.
7. “Memórias do Subdesenvolvimento” (1968)
Longa de Tomás Gutiérrez Alea apresenta a perspectiva de Sergio, que observa as mudanças em Havana após a revolução de Fidel Castro. Também não está acessível em plataformas de streaming.
8. “A Batalha de Argel” (1966)
A luta pela independência da Argélia contra o colonialismo francês é o tema central do filme de Gillo Pontecorvo, que pode ser assistido na plataforma Looke. O longa é um importante marco na história do cinema político.
9. “Acossado” (1960)
Obra-prima do cineasta francês Jean-Luc Godard, ícone da Nouvelle Vague, narra a história de Michel Poiccard, um ladrão que tenta conquistar uma jovem enquanto é perseguido pela polícia. Os espectadores podem ver ou rever o filme no Globoplay, Mubi e Apple TV+.
10. “Roma, Cidade Aberta” (1945)
Dirigido por Roberto Rossellini, o longa retrata a perseguição ao líder da resistência durante a Segunda Guerra Mundial. Este filme está disponível na Belas Artes À La Carte, completando a lista de Salles com obras que marcaram a sétima arte.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Carol Santos
