Serviço é oferecido em ao menos quatro estados, e tendência é de expansão. Minas Gerais foi o primeiro a ter uma equipe focada em perícia animal, em 2020, realizado por meio de parcerias entre órgãos. Pará e Santa Catarina também contam com peritos especializados. Em 2023, Goiás recebeu seu IML-Vet, com capacidade para exames em animais vivos ou mortos. No Rio de Janeiro e no Maranhão, deputados analisam projeto de lei para seguir o mesmo caminho.
Como é o trabalho da perícia animal
Após denúncia na delegacia, equipe avalia situação antes de chamar a perícia. Se o animal está em situação de sofrimento, ele é retirado do local e levado para uma ONG parceira. “Mas, às vezes, basta melhorar as condições de higiene ou instalar telas”, explica o delegado Pedro Ribeiro, da Deicfa (Delegacia Especializada de Investigação de Crimes Contra a Fauna) de Minas Gerais.
Em casos de violência ou envenenamento, os peritos veterinários entram em ação. Análises toxicológica e anatômica são feitas pelos peritos e levam cerca de uma semana.
Equipe visita o local da agressão, analisa vídeos, fotografias ou prontuários médicos e, se for o caso, realiza necropsia para definir causa da morte. Em Minas Gerais, a necropsia é feita por peritos veterinários da Polícia Civil na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), onde há mesa, refrigeradores e instrumental de patologia para a perícia. A Academia de Polícia Civil têm treinado peritos médicos veterinários aprovados no concurso da Polícia Civil para aumentar a demanda.
Cachorro, gato e cavalo são principais alvos; pauladas, chutes, tiros e envenenamento são comuns. É o que explica a perita criminal Flávia Armani, do Instituto de Criminalística de Minas Gerais.