Sem Marquinhos, mas com o ex-são-paulino Beraldo entre os titulares, o Paris Saint-Germain deu um passo importante rumo à semifinal da Liga dos Campeões ao vencer o surpreendente Aston Villa por 3 a 1, nesta quarta-feira (9), no Parc des Princes. Com amplo domínio das ações, gol anulado e mais posse de bola durante toda a partida, o time francês construiu uma vantagem importante antes do jogo de volta na Inglaterra. A decisão acontece na próxima terça-feira, às 16h (pelo horário de Brasília), no Villa Park. Com a vantagem, o PSG pode até perder por um gol de diferença que ainda assim garante vaga na semifinal.
Caso o Aston Villa vença por dois gols, a classificação será decidida na prorrogação e, em caso de igualdade, nos pênaltis. Quem passar encara o vencedor do confronto entre Arsenal e Real Madrid – que teve vitória inglesa por 3 a 0 no jogo de ida. Com um elenco reformulado e sem os medalhões que marcaram a última era do clube – Neymar, Messi e Mbappé -, o PSG apostou em um projeto mais coletivo, com jovens talentos e maior equilíbrio tático. A proposta começa a dar resultado. Sem o peso de estrelas individuais, o time mostra consistência, intensidade e personalidade nas fases decisivas. A atuação dominante diante do Aston Villa reforça a condição dos parisienses como fortes candidatos ao título inédito da Liga dos Campeões.
O PSG foi absoluto nos primeiros 45 minutos, empurrando o Aston Villa contra a própria área e dominando completamente a posse de bola – que chegou a marcar 83% a favor dos franceses. A equipe de Luis Enrique ditou o ritmo, rodou o jogo com paciência e empilhou finalizações, mas esbarrou em Emiliano Martínez. O goleiro argentino fez defesas fundamentais, segurando a pressão mesmo com pouca ajuda de sua linha defensiva.
Ainda assim, quem saiu na frente foi o time inglês. Em uma rara escapada, o Aston Villa soube aproveitar um erro grosseiro de Nuno Mendes na saída de bola. McGinn interceptou e rapidamente encontrou Rashford pela esquerda. O atacante teve tempo para levantar a cabeça e achar Tielemans infiltrando pela direita. O belga cruzou rasteiro com precisão, e Morgan Rogers apareceu sozinho na pequena área para empurrar para as redes: 1 a 0, contra o panorama do jogo.
O gol não abalou o PSG, que manteve o controle e intensificou a pressão. O empate veio aos 39, logo depois de uma falha quase fatal de Dibu Martínez – que quase aceitou um chute despretensioso de Doué. Na sequência, o próprio camisa 14 recebeu na ponta esquerda, carregou para o centro e finalizou com enorme categoria, acertando o ângulo e deixando tudo igual. O time parisiense ainda teve oportunidades de virar antes do intervalo, mas parou novamente nas mãos seguras do goleiro adversário.
O 2 a 1 só veio no início da segunda etapa. Em um contra-ataque rápido e bem executado, Kvaratskhelia foi acionado pela esquerda, invadiu a área e bateu cruzado, sem chances para Emiliano Martínez. A virada fazia jus ao domínio do PSG.
Mesmo em vantagem, o time francês seguiu em cima, buscando ampliar o placar com intensidade. Aos 21, Beraldo arriscou um chute de longe e obrigou Dibu Martínez a se esticar para fazer uma defesa segura no canto. Pouco depois, aos 25, Kvaratskhelia deu um lindo passe em profundidade para Hakimi, que apareceu livre na direita da grande área e finalizou. O goleiro argentino quase aceitou, mas o lance foi anulado por impedimento do lateral marroquino.
Apesar da resistência, o Aston Villa não conseguiu segurar a pressão até o apito final. Aos 46, Dembélé deu um passe açucarado para Nuno Mendes, que invadiu a área, driblou Konsa e também o goleiro Dibu Martínez antes de finalizar com o pé direito e fechar o placar: 3 a 1.
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