Lar Brasil Em 2 anos e 3 meses, ministros do governo Lula fizeram 324 viagens para fora do país

Em 2 anos e 3 meses, ministros do governo Lula fizeram 324 viagens para fora do país

por webradiobrasil
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Ao longo de dois anos e três meses de governo, ministros do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fizeram ao menos 324 viagens para fora do país. Entre os destinos mais procurados, destacam-se os Estados Unidos, e países da Europa e Ásia.

Levantamento do Metrópoles, feito com base nos dados do Painel de Viagens do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), aponta que o país norte-americano ocupa o topo do ranking, com 45 visitas de auxiliares do petista. Em seguida, aparece Portugal, com 31 registros.

Os Emirados Árabes, terceiro colocado da lista, com 22 viagens, é o único país do Oriente Médio entre os dez mais procurados. Em 2023, foi a sede da 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), realizada em Dubai.

A lista ainda contempla países europeus, como Espanha, França e Itália, e asiáticos, a exemplo da Índia e China.

Apesar da proximidade, países sul-americanos não figuram entre os mais requisitados nos destinos internacionais dos ministros. A Colômbia recebeu ministros dez vezes ao longo dos 27 meses de governo, enquanto a Argentina teve apenas nove registros. O Chile aparece com sete viagens. Entre países africanos, destacam-se África do Sul (7), Etiópia (5) e Angola (3).

O levantamento leva em consideração apenas os afastamentos a serviço em que os países de destino estão disponíveis no Painel de Viagens. Visitas de caráter sigiloso, a exemplo de missões realizadas em comitiva do presidente, e voos de retorno ao Brasil foram desconsiderados.

O que dizem os ministérios

O Metrópoles acionou as assessorias de comunicação de todas as pastas mencionadas. O Ministério do Desenvolvimento Social afirma que as viagens são estratégicas e tiveram o objetivo de “fortalecer o papel do Brasil nas articulações globais de combate à fome e à pobreza”.

“As agendas refletem o compromisso do governo federal com a construção de soluções sustentáveis e colaborativas, que coloquem o combate à fome e à pobreza no centro da cooperação internacional”, salienta.

O Ministério dos Transportes sustenta que as agendas contribuem para a atração de investimentos privados para o setor de infraestrutura brasileira. “Vale destacar que, pela primeira vez, a infraestrutura brasileira captou recursos dos fundos soberanos da Arábia Saudita e Singapura. Além disso, desde 2007, o país não recebia recursos internacionais diretos. No ano passado, voltou a receber, com a vitória da Vinci, no leilão da BR-040”, ressalta.

O Ministério da Ciência e Tecnologia diz que “não há desenvolvimento científico, tecnológico e inovação sem cooperação internacional”. “Essas articulações internacionais garantem acesso a tecnologias avançadas, chamadas públicas conjuntas, infraestrutura de pesquisa e oportunidades para cientistas e empresas brasileiras”, defende.

O Ministério da Cultura destaca que as viagens estão alinhadas com a estratégia da pasta de reposicionar a cultura brasileira no exterior. “As missões internacionais buscam, desse modo, retomar o diálogo com parceiros-chave para a cultura brasileira, bem como estabelecer novas parcerias e ações de cooperação, seja com países, seja com organismos regionais e multilaterais”.

A pasta da Igualdade Racial aponta que as missões “fazem parte do papel de articulação e representação cumprido pela ministra. Todas as missões resultam em parcerias relevantes para o Brasil na agenda pela igualdade racial”.

O Ministério das Comunicações ressalta que as missões internacionais de Juscelino Filho, que deixou a pasta nessa terça-feira (8/4), buscaram defender a posição do país em temas relevantes do setor, a exemplo da taxação das big techs, a TV 3.0 e a ampliação do mercado de internet.

“Os destinos são estratégicos para acordos bilaterais e a defesa dos interesses nacionais, como no caso da extensão da Infovia 02 – infraestrutura de internet por cabos de fibra óptica debaixo das águas de rios amazônicos – do Brasil para a Colômbia e da assinatura de memorando de cooperação em Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) com a China, Japão, Finlândia e outros países.”

Já o Ministério dos Povos Indígenas argumenta que a ministra Sonia Guajajara é uma liderança de projeção internacional. “Sua atuação internacional resulta em avanços relevantes ao Brasil, especialmente neste cenário de emergência climática global, no qual os saberes e modos de vida indígenas têm ocupado papel central na construção de soluções sustentáveis e integradas à justiça socioambiental”, pontua.

“O MPI reforça que todas as viagens oficiais realizadas têm a finalidade de ampliar o protagonismo do país na defesa dos direitos indígenas, de promover a cooperação internacional, e de fortalecer a política indigenista brasileira globalmente. As missões da ministra no exterior integram a estratégia do governo federal de reconstruir pontes e consolidar parcerias, especialmente no cenário de emergência climática, ameaças a territórios e violações de direitos indígenas. Todas as viagens realizadas no âmbito do ministério seguem os trâmites legais, alinhadas às boas práticas de transparência pública”.

A Advocacia-Geral da União destaca que as viagens foram relacionadas a temas importantes da agenda institucionais, como direitos humanos, combate à corrupção e meio ambiente.

Metrópoles

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