Ele tem o olhar da penitência do motoqueiro fantasma [um personagem da Marvel]. Quando ele olha, não tem jeito de correr. Então ele dizia: ‘você não mente pra mim, não’. E eu respondi: ‘não, senhor, eu vou contar tudo aqui’.
Marcelo Aguado Perez
Após contar toda a história do que aconteceu naquele dia, o juiz, então, se voltou para o pai de Marcelo.
“‘Seu Geraldo, que horas o senhor acorda?’ E ele respondeu ‘6 horas da manhã’. ‘E o que o senhor faz?’. ‘Sou contador’. ‘E o senhor volta que horas para casa?’. ’18h30′. ‘Ah, então o senhor fica quase 12 horas lá?’. ‘Fico'”, narrou Marcelo.
Aí o dr. Morello falou: ‘Está vendo? Acha justo o que está fazendo com o seu pai? Você depreda um patrimônio de propriedade privada e traz o seu pai para passar essa vergonha aqui na frente de um juiz?’. Na hora, se eu pudesse, eu escondia minha cabeça debaixo da terra como um avestruz.
Marcelo Aguado Perez
Após a fala do juiz, Geraldo pediu desculpas pela atitude do filho. Segundo Marcelo, ele disse algo como “a gente tenta educar da melhor forma possível”. E, complementando a fala do pai, o garoto disse: “É mesmo, excelência, o senhor tem razão. O meu pai sempre foi muito trabalhador. Nunca vi meu pai falar mal de ninguém e não reclamava”.
Foi ali que Marcelo disse ter aprendido sua lição. “Foi como se fosse um tapa moral”, comentou. E logo depois, veio a promessa.