O batom virou símbolo dos manifestantes que se concentram na avenida Paulista para o ato a favor da anistia dos crimes de 8 de janeiro de 2023. O item virou até pixuleco —grandes bonecos infláveis que se popularizaram nos atos pelo impeachment de Dilma Rousseff, em 2015 e 2016.
Trata-se de uma referência a Débora Rodrigues dos Santos, cabeleireira de 39 anos presa por pichar a estátua “A Justiça” com o item durante os atos extremistas de 8 de janeiro. Ela escreveu a frase “perdeu, mané” –a mesma que o presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso, disse a um manifestante que o questionou em novembro de 2022, em Nova York.
Débora está hoje em prisão domiciliar. A cabeleireira ainda está sendo julgada. Em seu voto, o relator Alexandre de Moraes pediu 14 anos de prisão para ela, pelos crimes de associação criminosa armada; abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado; e deterioração de patrimônio tombado.
Bolsonaristas usam o caso de Débora para denunciar o que chamam de exagero nas penas impostas a quem participou da invasão da sede dos Três Poderes nos primeiros dias de mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro chegou a fazer um vídeo pedindo para que os manifestantes levassem batons à avenida Paulista. Além do pixuleco de batom, há balões de gás em forma do item em meio ao público que se concentra na via de São Paulo.
Poder 360
Visualizações 2
Anúncios