Lar Politica 8 dicas para proteger as crianças do calor intenso

8 dicas para proteger as crianças do calor intenso

por EdiCase
0 comentários
8-dicas-para-proteger-as-criancas-do-calor-intenso

Com as altas temperaturas, o reforço dos cuidados com hidratação, roupas e alimentação das crianças é essencial Imagem: Pixel-Shot | shutterstock

As crianças são particularmente vulneráveis às altas temperaturas devido a fatores fisiológicos e comportamentais. Seus corpos aquecem e perdem calor mais rapidamente, e a desidratação pode ocorrer de forma acelerada, afetando funções cerebrais e a capacidade de concentração.

A desidratação é um dos principais perigos nesse cenário. “Bebês e crianças pequenas não manifestam sede da mesma forma que os adultos, por isso é essencial oferecer líquidos regularmente. A desidratação pode causar fadiga, tontura, dor de cabeça e até confusão mental, interferindo diretamente na concentração”, alerta Andrea Dambroski, pediatra do Departamento de Saúde Escolar dos colégios da Rede Positivo. 

Impacto do calor excessivo na educação

O calor em excesso sobrecarrega o sistema cardiovascular e metabólico, resultando em cansaço e irritabilidade. “Isso afeta diretamente o comportamento e a disposição para atividades cognitivas. Crianças cansadas e desconfortáveis têm mais dificuldade para prestar atenção e absorver informações”, complementa Andrea Dambroski.

Uma pesquisa publicada na revista PLOS Medicine revelou que o aumento das temperaturas médias em salas de aula reduz significativamente a capacidade de aprendizado. Segundo o estudo, alunos expostos a temperaturas superiores a 26 °C apresentam queda no desempenho em testes de matemática e leitura.

Outro estudo realizado pela Universidade de Harvard mostrou que estudantes que frequentam escolas sem climatização têm 13% menos chances de obter boas notas em comparação com aqueles que estudam em ambientes refrigerados. Isso ocorre porque o calor excessivo prejudica a memória de curto prazo e reduz a capacidade de resolver problemas.

“A aprendizagem depende de diversos fatores, e a temperatura do ambiente tem um impacto significativo”, reforça Andrea Dambroski. “Ambientes muito quentes provocam sonolência, desconforto e menor capacidade de raciocínio lógico, comprometendo o rendimento escolar”, complementa.

Medidas essenciais para proteger as crianças

Com o aumento das ondas de calor, torna-se fundamental adotar estratégias para minimizar os impactos das altas temperaturas no aprendizado, como a adaptação do ambiente escolar e o reforço dos cuidados com hidratação, roupas e alimentação.

“Garantir que as crianças estejam confortáveis e saudáveis é essencial para um melhor desempenho escolar e um desenvolvimento mais equilibrado”, destaca a especialista, que recomenda alguns cuidados cruciais para os momentos de estudo, seja em casa ou na escola. Confira!

1. Hidratação constante

A hidratação afeta o funcionamento de todo o organismo. “O ideal é que as crianças bebam água ao longo do dia, mesmo sem sentir sede. A garrafinha de água deve ser um item indispensável na mochila escolar”, destaca a médica. Além disso, sucos naturais, frutas com alto teor de água, como melancia e laranja, e água de coco ajudam a manter a hidratação. “Os líquidos devem estar sempre disponíveis e à vista da criança”, reforça Andrea Dambroski.

2. Roupas confortáveis

O tipo de vestimenta também influencia a regulação térmica do corpo. “O melhor é optar por roupas leves e soltas, feitas de tecidos como algodão, e de cores claras, que refletem a luz solar e evitam o superaquecimento”, sugere Andrea Dambroski. Molhar a nuca, os pulsos e os pés com água fria durante intervalos regulares também ajuda no resfriamento do corpo, proporcionando um alívio imediato.

3. Ventilação

A infraestrutura escolar tem papel essencial no bem-estar dos alunos. “É importante que as salas sejam bem ventiladas e, sempre que possível, climatizadas. Caso não haja ar-condicionado, é recomendável manter portas e janelas abertas para a circulação do ar e utilizar ventiladores”, indica a pediatra.

Já em casa, o professor de Física do Curso Positivo Fábio Carneiro recomenda abrir portas e janelas opostas no início da manhã e à noite, criando correntes de ar, para que o vento circule melhor e resfrie o ambiente. “Durante os períodos do dia mais quentes, próximo ao meio-dia, feche as janelas para evitar a entrada do ar quente e ligue ventiladores”, explica. 

O uso de protetor solar é fundamental para evitar danos à pele das crianças Imagem: Elizaveta Galitckaia | Shutterstock

4. Proteção contra o sol

Durante os intervalos e atividades ao ar livre, é importante buscar sombra e evitar o sol direto entre 10h e 16h. “O uso de protetor solar, chapéus e bonés deve ser incentivado para proteger a pele das crianças”, lembra Andrea Dambroski. “Em casa, mantenha cortinas fechadas para bloquear o sol direto. Pendurar toalhas claras e lençóis úmidos na janela também impede a exposição direta ao sol e ajuda a resfriar o ar que entra”, sugere Fábio Carneiro.

5. Soluções caseiras

O professor de Física recomenda algumas soluções simples para amenizar o calor. “Recipientes com água gelada ou gelo nos ambientes de estudo ajudam a resfriar o ar quando evaporam. Uma garrafa pet cheia de água congelada na frente do ventilador cria um efeito de ar-condicionado improvisado”. 

6. Fontes de calor

Um ambiente claro é fundamental para os estudos, porém as lâmpadas podem aquecer ainda mais o ambiente. Nesse caso, a dica é dar preferência às opções de LED, que esquentam menos do que as incandescentes. Além disso, aparelhos eletrônicos e carregadores também emitem calor. Por isso, nos dias mais quentes, é importante mantê-los desligados durante os estudos.

7. Alimentação leve e nutritiva

Nos dias mais quentes, o metabolismo trabalha mais para equilibrar a temperatura corporal. Refeições pesadas podem causar desconforto e reduzir a disposição para atividades escolares. “O ideal é oferecer alimentos leves, de fácil digestão e ricos em água, como frutas, legumes e carnes magras”, sugere a pediatra Andrea Dambroski.

8. Sono de qualidade 

O calor também interfere no sono das crianças, impactando diretamente o aprendizado. “O ambiente de descanso deve estar sempre arejado. Se necessário, ventiladores ou ar-condicionado podem ser utilizados em temperatura amena, idealmente em torno de 23 °C”, aconselha a médica. Evitar roupas e cobertas pesadas também contribui para noites mais tranquilas.

Sinais de alerta

Mesmo com os devidos cuidados, é imprescindível estar atento aos sinais de desidratação e estresse térmico. “Fraqueza, sonolência, dor de cabeça, lábios secos, olhos fundos, tontura e irritabilidade são indicativos de que algo não está bem. Se houver vômitos ou febre baixa persistente, a criança deve ser levada ao médico imediatamente”, alerta Andrea Dambroski.

Por Fabiana Gonçalves

Postagens relacionadas

Quem Somos

Somos um dos maiores portais de noticias de toda nossa região, estamos focados em levar as melhores noticias até você, para que fique sempre atualizado com os acontecimentos do momento.

Portal News Noticias @2025 – Todos direitos reservados.